4 de dezembro de 2011

Não podia ser ontem? Não!

Neste dia 4 de dezembro as torcidas entram(*) eufóricas, às 17 h, para gritarem sua paixão.
Todos, desde os maiores craques a entrar em campo, até os mais limitados terão que compartilhar este momento com ele, “o cara”, aquele que nunca entrou em campo para ser coadjuvante, tinha que participar, ao seu modo, deste espetáculo.
Sócrates deixou marcas que jamais serão apagadas mesmo num tempo em que a velocidade das informações e o consumo desenfreado nos faz, diariamente, procurar novos produtos, o que inclui ídolos.
Qual o Socrátes que deixa lembranças? O craque que, desde o Botafogo de Ribeirão Preto, dava passes milimétricos com o calcanhar ou fazia gols incríveis de faltas? O jogador que parecia que a qualquer momento cairia por parecer inacreditável que pés tão pequenos seriam insuficientes para o equilibrar? O jogador que numa profissão marcada por relações semi-escravas, combateu para democratizar um time com o gigantismo do Corintians? O jogador que lutou ao lado daqueles que queriam o fim da ditadura militar? O jogador que compartilhava com outro gênio, Tostão, a condição de cracaço e médico, coisa rara num esporte que deposita a esperança de ascensão de boa parte dos jovens brasileiros de famílias pobres?
Sócrates foi isso tudo e muito mais. Nenhuma lembrança que se tenha dele é suficiente para explicar a grandiosidade e a genialidade do que ele representou para aqueles que são apaixonadas por futebol mas também sonham com um mundo de GENTE e mais justo.
A bola hoje pedirá licença a você, DOUTOR!

(*) Foi escrito na manhã do dia 4 mas, por problemas com a internet, só foi postado no fim da noite.

Um comentário:

  1. E isso é falar bobagens?Vc poderia ser colunista de algum jornal, escreves muito bem, tem uma coordenação de mente e escrita incrível, faz bem para os nossos ouvidos ou olhos...rs.

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