tag:blogger.com,1999:blog-50055734155494990952024-03-05T02:15:39.374-08:00Emilio AraujoAfora o compromisso em defender ideias, o blog não tem compromisso com nenhum tema específico. Por isso pode tratar de tudo.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.comBlogger16125tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-2173866331063536602012-06-05T05:25:00.003-07:002012-06-05T05:25:20.976-07:00Exoneração de diretores das escolas estaduais: gestão responsável ou razões obscuras?A exoneração de um numeroso grupo de diretores de escolas estaduais e os posicionamentos da SEEDUC para justificar tais exonerações permite alguns questionamentos. Colarei abaixo a notícia publicada pelo oglobo.com e, a partir dela, discutirei algumas questões:
http://oglobo.globo.com/educacao/estado-exonera-de-uma-vez-38-diretores-de-escolas-5101165
1. Para legitimar as exonerações a SEEDUC informa que diretores “indicados politicamente” serão substituídos por outros que passaram por processos seletivos. Não perderei meu tempo olhando a lista de escolas, mas a generalização da afirmação permite a seguinte resposta: vários destes diretores são remanescentes do último processo de escolha de diretores por parte das comunidades escolares. Portanto, é uma leviandade dizer que são mantidos nos cargos por padrinhos políticos.
2. O subsecretário de Gestão de Pessoas, Luiz Carlos Becker justifica as exonerações dizendo que “Havia muitos exemplos de descaso com a administração das escolas”. E exemplifica: “Há problemas sérios, de falta de prestação de contas, o que faz com que a unidade fique sem poder receber verbas não só do estado, como do governo federal para a sua manutenção”. Pondera, no entanto, o digno subsecretário, que “os motivos só não estão sendo expostos exatamente para preservar os profissionais”. Como assim, senhor subsecretário? Diretores de escola, eleitos, indicados por padrinhos políticos ou selecionados em processos de escolha das secretarias de educação, ocupam cargos públicos. E quem ocupa cargos públicos deve satisfação à sociedade, que é quem financia os recursos que são usados para pagar seus salários – que deixam de ser públicos quando entram na conta corrente do mesmo - e os recursos que são destinados ao órgão sob sua responsabilidade – que continuam públicos até serem utilizados em alguma finalidade. Se a SEEDUC afirma que há descaso e que diretores não prestam contas esta informação interessa a toda a sociedade que financia a administração pública. Até o Governador, subsecretário, tem a obrigação de prestar contas. Mesmo que saibamos que, muitas vezes, parte importante do dinheiro público seja utilizada para comprar a omissão do Judiciário e a cumplicidade do Legislativo para não responsabilizar o Governador pelos “mimos” que recebe de grandes fornecedores do Estado. Agindo da forma que agiu, o subsecretário insinuou que todos os diretores exonerados são desonestos. Deve assumir as consequências da afirmação que fez.
3. Segundo a diretora do Instituto de Educação Rangel Pestana, a exoneração dela se deveu ao alto índice de reprovação da escola e ao fato de não ter feito o Censo. Estranho. O IERP tem índice de reprovação abaixo da média do Estado e a diretora, Luiza Leopoldina, comprova que entregou o Censo.
Vamos falar sério agora, subsecretário. Sério é o exemplo que professores, funcionários e estudantes do IERP e de tantas escolas do Rio de Janeiro dão à sociedade ao mobilizarem-se contra a arbitrariedade travestida de gestão responsável e competente cometida pelo Governo do Estado. As centenas de futuros educadores e futuras educadoras que têm ocupado as ruas de Nova Iguaçu e do Rio de Janeiro ajudarão em muito a educação brasileira ao levarem este exemplo de rebeldia e luta para os lugares onde atuarão em breve.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-20111356884353803782012-05-01T03:17:00.001-07:002012-05-01T13:32:52.162-07:00Brincando de escolaDia 25 de abril de 2012: entro na sala dos professores e minha atenção é atraída por um aviso no mural: “senhores professores, por ordem da Secretaria de educação, todos os alunos que comparecerem à prova do SAERJinho ganharão dois pontos”. Como? Basta comparecer? Não precisa nem jogar a partida para valer?
Antes que eu tivesse tempo de ruminar todas minhas críticas cáusticas fui convocado a ajudar na aplicação da prova.
Entro na sala e não consigo me surpreender com o estádio cheio como nunca presenciara. São 37 alunos. Não dá tempo de começar a organizar o início da partida e um dos meus alunos me pergunta: “Emílio, é verdade que basta fazer a prova e ganharemos dois pontos?”. Que resposta dar numa hora destas? Assumir o “faz de conta” me parece mais digno. Estávamos ali para “cumprir tabela”.
Quando começo a distribuir os cadernos de questões e castões de resposta outra surpresa: os grandes defensores de uma gestão competente e profissional, marcada pela busca de resultados não têm competência para organizar uma avaliação que já é realizada há mais de um ano. Quinze dos presentes não estão na lista do grupo e, claro, também não recebem cartões de respostas oficiais. Sobram outros tantos cartões e identifico pelos nomes vários alunos que não são daquela turma.
Apitado o início da partida, o aluno que me perguntou sobre a compensação pelo esforço de fazer a prova é o primeiro a concluir a prova. Ele sequer abriu o caderno de questões. Marcou aleatoriamente todo o cartão resposta. Outro aluno logo me entrega a prova também e foi mais criativo: fez um desenho simétrico usando o preenchimento das lacunas do cartão resposta. São 52 questões respondidas de qualquer jeito por boa parte. Eles reclamam da exigência de preencher toda a lacuna da questão escolhida e não reclamam da complexidade das questões e nem festejam a facilidade das mesmas.
As mesmas elites que deixaram pais e avós de meus alunos durante séculos sem escola agora lhes dão uma vaga numa sala de aula e, na maioria das vezes, até professores. Mas continuam negando a estes jovens o direito a uma escola de boa qualidade. Impossível não pensar como agirão no mundo crianças e jovens que são tratadas desta forma pelos Governos com a nossa conivência.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRwUW0aE0pHg_pYv9DN1tXpXutgKuV0xqIFBuwxraEk9ZQWrjqPHG64imhM8t-dpEEOYVixmZwEU9d3JV6eBcCdPMe9N1tLVLanJy9fVpLcN-MXZR_9xiaa7VWFCKJWWKKQAzg-MRIZc/s1600/007.jpg" imageanchor="1" style="clear:right; float:right; margin-left:1em; margin-bottom:1em"><img border="0" height="240" width="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgHRwUW0aE0pHg_pYv9DN1tXpXutgKuV0xqIFBuwxraEk9ZQWrjqPHG64imhM8t-dpEEOYVixmZwEU9d3JV6eBcCdPMe9N1tLVLanJy9fVpLcN-MXZR_9xiaa7VWFCKJWWKKQAzg-MRIZc/s320/007.jpg" /></a></div>Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-34881635027830244302011-12-05T16:56:00.000-08:002011-12-05T16:58:51.685-08:00Oportunidades desiguais e cinismoO Globo, em sua fase paz e amor com o Governo Dilma, ontem publicou em letras garrafais, na capa, uma matéria que fala do crescimento dos salários no Brasil. Recortei do clipping do Ministério do Planejamento para socializar:<br />http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/12/4/crise-faz-salario-no-brasil-superar-o-de-paises-ricos<br /><br />Isso que O Globo vê agora é velho conhecido de quem ...estuda desigualdades no Brasil. Os salários em ascensão no Brasil são de trabalhadores de algumas funções do alto escalão das empresas.<br /><br />Na mesma capa de O Globo, envergonhadinho, ao pé de página, outra matéria fala da "geração do limbro". Jovens que perderam o emprego no crime nas áreas ocupadas pelas UPP e que não conseguem trabalho ou só conseguem ocupações com baixíssimos salários. Na mesma matéria uma nota que qualquer um de nós que discute educação com seriedade fala há muito tempo: escolarização e qualificação não é o principal pré-requisito para o emprego. <br />Recortei também do clipping do Minsitério do Planejamento e,em outra abordagem, da página do Estadão:<br /><br />http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/12/4/a-geracao-do-limbo<br />http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,geracao-do-limbo--ex-jovens-do-trafico-buscam-lugar-na-era-upp,734350,0.htmEmiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-28186181138968308512011-12-04T16:06:00.000-08:002011-12-04T16:09:23.288-08:00Não podia ser ontem? Não!Neste dia 4 de dezembro as torcidas entram(*) eufóricas, às 17 h, para gritarem sua paixão. <br />Todos, desde os maiores craques a entrar em campo, até os mais limitados terão que compartilhar este momento com ele, “o cara”, aquele que nunca entrou em campo para ser coadjuvante, tinha que participar, ao seu modo, deste espetáculo. <br />Sócrates deixou marcas que jamais serão apagadas mesmo num tempo em que a velocidade das informações e o consumo desenfreado nos faz, diariamente, procurar novos produtos, o que inclui ídolos. <br />Qual o Socrátes que deixa lembranças? O craque que, desde o Botafogo de Ribeirão Preto, dava passes milimétricos com o calcanhar ou fazia gols incríveis de faltas? O jogador que parecia que a qualquer momento cairia por parecer inacreditável que pés tão pequenos seriam insuficientes para o equilibrar? O jogador que numa profissão marcada por relações semi-escravas, combateu para democratizar um time com o gigantismo do Corintians? O jogador que lutou ao lado daqueles que queriam o fim da ditadura militar? O jogador que compartilhava com outro gênio, Tostão, a condição de cracaço e médico, coisa rara num esporte que deposita a esperança de ascensão de boa parte dos jovens brasileiros de famílias pobres?<br />Sócrates foi isso tudo e muito mais. Nenhuma lembrança que se tenha dele é suficiente para explicar a grandiosidade e a genialidade do que ele representou para aqueles que são apaixonadas por futebol mas também sonham com um mundo de GENTE e mais justo. <br />A bola hoje pedirá licença a você, DOUTOR! <br /><br />(*) Foi escrito na manhã do dia 4 mas, por problemas com a internet, só foi postado no fim da noite.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-21103670316147223662010-04-07T05:49:00.000-07:002010-04-07T05:50:00.804-07:00Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-34700797161285487442010-04-07T05:47:00.000-07:002010-04-12T13:05:38.258-07:00Bolsas de estudo no ensino fundamental, entre a universalidade de direito à educação e o clientelismo na educação: o caso de Nova Iguaçu/RJSILVA, P. T. S. Bolsas de estudo no ensino fundamental, entre a universalidade de direito à educação e o clientelismo na educação: o caso de Nova Iguaçu/RJ. 2010. 328 p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010.<br /><br />A bolsa de estudo para o ensino fundamental privado, financiada com recursos da educação pública, está prevista na CF/88 e na LDB/96 em caráter excepcional para atender ao direito público subjetivo de acesso ao ensino fundamental. Trata-se de uma excepcionalidade, pois a Lei permite o uso deste instituto sob três condições: quando não houver vaga na escola pública próxima à residência da criança, quando a criança não possuir recursos para financiar o próprio estudo em escola privada, e como conseqüência, o poder público obrigado a investir prioritariamente na solução da falta de vagas na local de moradia do aluno bolsista. Em resumo a bolsa deve ser transitória. A pesquisa tomou o caso de Nova Iguaçu/RJ, centrando-se nos anos de 1997 a 2008, no entanto, mostrou que esse Município tem concedido bolsas de estudo de forma recorrente desde, no mínimo 1990, e no mesmo lugar e a crianças não necessariamente carentes, pois a maior parte delas já estava na escola quando receberam bolsa. O que caracteriza a sua ilegalidade, a sua inconstitucionalidade. A pesquisa objetivou entender a natureza da política de concessão de bolsas no âmbito deste Município. A hipótese de que a concessão de bolsas, mais do que uma resposta ao direito público subjetivo, seria uma forma de desviar recursos públicos à escola privada, pautada pelo clientelismo e pela troca de favores foi corroborada pela pesquisa. Para tanto, recorreu-se a uma combinação de métodos de pesquisa, ao paradigma indiciário e ao materialismo histórico. Procedeu-se a consultas a documentos do Município e a entrevistas com gestores da educação pública, da escola privada, políticos, lideranças sindicato dos trabalhadores da educação do Município, conselheiros na área da educação e aos próprios bolsistas. Constatou-se, sobretudo até o final de 2004, devido à forma sub-reptícia e à falta de transparência pública na sua concessão, que, até a sua extinção em 2008 pelo Governo Municipal, a sociedade civil enfrentou imensas dificuldades para exercer o papel de cidadão no controle social sobre esta política pública.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-63857172300055040842010-01-14T13:52:00.000-08:002010-01-14T13:53:26.128-08:00Fraude nas matrículas de Nova Iguaçu para aumentar a receita do FUNDEBO Diário Oficial da União do dia 23 de setembro de 2009 trouxe a preliminar do Censo Escolar de 2009, onde foram registrados 52.859 alunos estudando em tempo integral em Nova Iguaçu. No dia 30 de novembro, o Diário Oficial da União publicou que ova Iguaçu agora tinha 53.142 matrículas estudando em tempo integral. Os números têm uma diferença desprezível mas um significado gigantesco da certeza de Lindberg Farias, Prefeito, e Jailson de Souza, o Secretário de Educação, de que a impunidade é o que lhes espera.<br />Ambos disseram ao INP-MEC, o órgão federal responsável pelo Censo, que a Cidade tinha em 27 de maio de 2009, 53.142 alunos do ensino fundamental freqüentando as escolas municipais durante 7 horas diárias, cinco dias por semana. Deslavada mentira para que a Prefeitura receba pouco mais de R$ 30 milhões a mais do FUNDEB e do salário-edcação. Dinheiro que estará sendo roubado das crianças da Cidade do Rio, de Duque de Caxias, de Japeri, de Belford Roxo, enfim, dos alunos de todas as cidades do Estado, inclusive das escolas estaduais. Quem os estará roubando não são as crianças de Nova Iguaçu, mas o Prefeito e o Secretário de Educação.<br />O Decreto Federal nº 6.253, de 13 de novembro de 2007, criou regras para definir quem são os alunos que podem ser considerados em tempo integral: aqueles que permaneçam em atividades escolares “com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total que um mesmo aluno permanece na escola ou em atividades escolares”.<br />O Censo tem regras a serem cumpridas por todos os governos, sejam estaduais ou municipais. Até 30 de agosto de 2009, todos deveriam lançar no sistema informatizado do Censo a realidade educacional das escolas no dia 27 de maio.<br />Espertalhões, o Prefeito e o Secretário publicaram em 21 de agosto um Decreto de N o. 8.345, com data retroativa a 12 de maio, onde estabeleciam o funcionamento do tempo integral em todas as escolas municipais. Isto não é suficiente para que os alunos sejam considerados alunos de tempo integral. Qualquer servidor que atua nas escolas de Nova Iguaçu, os alunos e seus pais sabem que a grande maioria das crianças da Cidade não estuda em tempo integral. Não estudava em 27 de maio e nem mesmo em 21 ou 30 de agosto. Nem mesmo nas escolas onde o Bairro-Escola funciona desde os anos anteriores, são poucos os alunos que freqüentam suas atividades.<br />Mesmo assim, apesar do Censo publicado em setembro, ter 400 matrículas em tempo parcial, no período de revisão o Prefeito e o Secretário “corrigiram” e incluíram outros 300 alunos no tempo integral, restando apenas 98 em tempo parcial. Uma demonstração de que podem tudo.<br />As escolas de Nova Iguaçu não têm espaço para receber tantos alunos em tempo integral e a Prefeitura não dispõe de tantos espaços alternativos na comunidade para a realização das atividades de um Programa de Tempo Integral, mesmo porque este Governo tem o péssimo hábito de não pagar o que deve e o Prefeito de não cumprir o que promete.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-44877796365667710712010-01-14T13:48:00.001-08:002010-01-14T13:49:56.860-08:00Pré-sal no dos outros é colírio<div align="justify">Há três meses atrás, o Presidente Lula acampou por uma semana em Copenhaguem no esforço de convencer os membros do Comitê Olímpico Intrernacional a escolherem a Cidade do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O Governo gastou cerca de 100 milhões na campanha vitoriosa. Durante os dias que antecederam a escolha, os veículos de comunicação não economizaram imagens de brasileiros espalhados pelos mais diferentes estados mobilizados pelo desejo da vitória do Rio de Janeiro.<br />Estima-se que os Jogos custarão mais de 25 bilhões, boa parte dos quais serão custeados pelos diferentes governos, especialmente o Governo Federal. Foi assim nos Jogos Panamericanos de 2007. Dinheiro que sairá dos impostos de brasileiros que moram e trabalham espalhados por todo o país. O Rio de Janeiro – na verdade a Barra da Tijuca e os demais bairros que receberão os jogos – serão os grandes beneficiários destes investimentos, assim como o foram do esforço do Presidente do país.<br />Não consigo deixar de pensar nestes fatos quando vejo o Governador Sérgio Cabral vociferando que estão “roubando o Rio” por causa das propostas de repartição dos royalties do pré-Sal que beneficiarão um pouco mais os estados não produtores. Por que o país todo deve defender os interesses do Rio de Janeiro quando se trata de beneficiar o nosso Estado e quando se trata das riquezas que também são do Rio de Janeiro não temos a generosidade com os mais pobres?<br />Justiça seja feita, Sérgio Cabral não está sozinho em sua cruzada. Tem a companhia de José Serra e de Paulo Hartung, este último Governador do Espírito Santo. Por que o Estado mais rico da Federação não é capaz de abrir mão de parte da riqueza que acumulou pelas benesses que a Federação – o país inteiro, portanto - lhe concedeu para beneficiar os estados mais pobres?<br />Enquanto leio um texto de Rainer-Olaf Schultze, um estudioso do federalismo alemão, não consigo deixar de pensar como olhamos com desprezo para o resto do país. Schultze mostra como naquele país, movidos por um princípio de cooperação, os diferentes estados redistribuem a riqueza no esforço de assegurar a “uniformidade das condições de vida” da população de todo o país. </div>Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-81473599138066569202010-01-14T13:46:00.000-08:002010-01-14T13:47:55.489-08:00No país desigual a miséria do futebol parece óbviaO Campeonato Brasileiro da série A encerrou domingo ganhando manchetes de exaltação de todos os tipos. A CBF vai pagar 15 milhões em prêmios aos primeiros colocados.<br />Quarenta dias antes o Campeonato da Série D foi decidido entre o São Raimundo do Pará e o Macaé, do Rio de Janeiro. Assisti ao primeiro jogo da disputa, realizado em Volta Redonda. Dois fatos chamaram a atenção de quem observa as competições organizadas pela Confederação responsável pela Copa do Mundo de 2014, no Brasil.<br />O primeiro deles é que, em todo o Estádio três – sim, eu disse três – policiais cuidavam do jogo assistido por cerca de mil torcedores.<br />O segundo, aos 30 minutos do segundo tempo, o centro-avante do São Raimundo caiu em campo e arrastou-se para fora. Quando desviei a atenção do jogo e voltei a olhar para ele, preocupado se ele voltaria ou não para o jogo, o departamento médico do Macaé o atendia do lado de fora.<br />A TV Globo, no Programa Esporte Espetacular, fez uma matéria sobre a competição, mostrando com discrição as dificuldades dos times que disputaram a competição. Viajando muitas vezes com poucos jogadores, os times chegaram ao fim da competição foi uma façanha. Meu irmão, também torcedor do São Raimundo, conta de times que viajaram sem dinheiro para alimentar os jogadores.<br />Num país onde olhamos as desigualdades com tanta indiferença é fácil compreender que enquanto a CBF gasta rios de dinheiro com a seleção brasileira de futebol e a Série A, deixe à míngua os times que ela própria reuniu para disputar a Série D.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-3995030943762479682010-01-14T13:45:00.000-08:002010-01-14T13:46:13.976-08:00O cinismo da Light não nos espantaOs jornais e TVs noticiaram fartamente a falta de luz na Zona Sul. Noticiaram também as declarações de um diretor da Light que se apressou em dizer que o acontecido ganhou repercussão porque se tratam de consumidores mais abastados, que fazem mais barulho. Pareceu a muitos, inclusive aos veículos de comunicação, que ele havia falado uma grande bobagem.<br />Há cerca de cinco anos, andando e conversando com amigos que trabalhavam com a população de Tinguá, em Nova Iguaçu, descobri que eles não tinham água. Cheguei a ir a uma escola em Jardim Montevidéu onde a qualidade da água era sofrível e a comunidade andava cerca de 2 quilômetros para pegar água para beber. Mas da Reserva de Tinguá, uma adutora da CEDAE leva água diretamente para a Zona Sul do Rio de Janeiro. Os moradores daquela Região roubam água fazendo furos na tubulação da Companhia de águas. Nunca li nos jornais ou vi no noticiário de TV qualquer referência ao fato.<br />Na campanha eleitoral para Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, em 2008, o então candidato Fernando Gabeira manifestou estranheza pelas condições em que viajam os passageiros do metrô que utilizam a Linha 2 que, atualmente liga a Pavuna à Estação do Estácio. Na ocasião, escrevi no portal SOBRETUDO que eu estranhava é que um deputado federal de tantos mandatos desconhecesse o fato de que além do metrô, o conjunto de serviços públicos para os moradores da periferia sejam mais precários.<br />Durante meia dúzia de verões, próximo à minha casa, em Comendador Soares, convivemos com problemas de fornecimento, pois o transformador não suportava a sobrecarga. Muitos moradores colocaram a vida em risco usando varas de bambu para religar o transformador depois de esperarmos horas pelos carros de reparo da Light. Só após reclamações à ANEEL é que conseguimos que o problema fosse solucionado. Nunca nenhum jornal noticiou o fato.<br />Uma vez enviei uma reclamação ao Jornal O Globo porque as edições que eram vendidas na banca próxima de minha casa vinham sem alguns dos cadernos do Jornal. A resposta que recebi foi um achincalhe: me informaram que fizeram uma pesquisa com os consumidores e descobriram que, em algumas Regiões do Estado, os leitores não liam alguns dos cadernos e, por isso, os tiraram. Estranho que continuavam anunciando que estavam entregando o que eu pagava.<br />O absurdo das declarações do diretor da Light só não é compreendido por quem é mais cínico que ele.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-72473556829381478312010-01-14T13:44:00.001-08:002010-01-14T13:45:00.473-08:00Sean: um excelente roteiroEm uma distante República autoritária um cidadão norte-americano é mantido preso pelas autoridades. A cavalaria americana numa espécie de reprise doas ataques aos fortes apaches, ou marines com apoio de bombardeios modernos, jatos invisíveis aos radares e pára-quedistas destemidos, resgata-o e leva-o de volta. A frente dos combatentes americanos, um rejuvenescido Arnold Schawzeneger largou seus afazeres de Governador da Califórnia, para, mais uma vez, defender incondicionalmente a superioridade dos princípios democráticos da Grande Nação. O filme é baseado num livro que também vendeu como água nos EUA e no resto do Planeta.<br />Conta a história de Sean, “S” para os que acompanham mais recentemente a história e os cínicos que se autodenominam adultos. Um menino trazido por sua mãe para o Brasil, onde casou novamente e veio a falecer ao dar à luz a uma menina. O padrasto, a família dele e da mãe defenderam na justiça a permanência do menino no Brasil. O pai biológico, a Secretária de Estado Norte-Americana, Hillary Clinton e o povo americano defenderam na justiça e torceram pelo retorno de Sean. Quem tem razão? Mesmo se eu conhecesse os envolvidos morreria com a suprema e humana virtude da dúvida.<br />Um fato, no entanto, sempre me chamou a atenção neste episódio. Se eu fosse o pai biológico deste menino não esperaria a intervenção da cavalaria americana para resgatar meu filho. Minhas paixões são um bocado menos racionais que isto. Mas, diriam muitos, e com razão, tratam-se de pessoas diferentes. E os americanos só não são racionais nos filmes onde põem a vida em jogo para defender o resto da humanidade. Nos seus negócios são “um poço até aqui” de pragmatismo.<br />Mas outra coisa me chamou a atenção quando do “resgate” do garoto. O garoto, o pai, um parlamentar americano – não faz qualquer diferença se democrata ou republicano – e um jornalista da rede de TV WNBC foram levados de volta num avião fretado pela rede de TV. Como explicar que um pai – eu disse PAI – aceite que uma criança que foi exposta a uma disputa sobre a sua guarda seja exposta agora às câmeras de TV e aos flashes de jornais sensacionalistas ou respeitáveis? Soou de uma hipocrisia sem limites, para mim, claro, a reclamação dos avós americanos, preocupados com o estado emocional da criança. Ou será que eles acreditam que o dinheiro que ganharão com a história é suficiente para pagar psicólogos e terapeutas para o garoto?<br />A foto de uma fileira de câmeras postadas à frente da casa para onde o garoto foi levado lembra a multidão de fotógrafos e cinegrafistas em busca de imagens de uma final de futebol americano. Sean não é mais protagonista desta história. É vítima de versões e do uso de sua imagem para fazer dinheiro. Eu fico com a HISTÓRIA dele, que nunca será contada. Independentemente de quem for vitorioso nesta “final”, ele já foi derrotado. Pela mesquinharia dos que proclamam amá-lo.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-30928406944528704542009-11-13T04:40:00.000-08:002009-11-13T04:42:59.490-08:00Até quando volta atrás a universidade paulista pensa em dinheiroA decisão da universide de São Bernardo do Campo de anular a expulsão de uma aluna não muda minha opinião sobre ela.<br /><br />Num flagrante "erro de cálculo", a universidade não esperava que a decisão provocasse tanta revolta e críticas nos meios acadêmico e jurídico.<br /><br />A imagem de instituição preconceituosa e autoritária não muda com a decisão da sua direção. Assim como decidiu expulsar para proteger seus ganhos financeiros, revogou a expulsão para não perder dinheiro.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-38183987800085770062009-11-13T04:09:00.000-08:002009-11-13T04:10:37.908-08:00Deixe Lindberg ser candidato, Presidente.Caro Presidente,<br /><br />Desculpe-me lhe tirar de seus afazeres para lhe incomodar com um assunto tão sem importância. Afinal, suas ocupações transcendem em muito coisas tão triviais. Sei de suas tantas preocupações com os prejuízos que a violência no Rio de Janeiro pode causar a imagem da Cidade Olímpica, esta crise causada pelo golpe em Honduras, que não tem fim, as divergências para ver quem vai embolsar mais os royalties do Pré-Sal, os acordos para ampliar a base de apoio à candidatura da Dilma, e tantas outras questões de difícil solução. Com tantas coisas desta importância para resolver é muita pretensão a minha lhe pedir para tratar de coisa tão trivial. No entanto, conto com sua sensibilidade com os problemas do povo, ainda que seja outra pretensão minha esta: falar em nome dele, o povo.<br /><br />Mas depois de tantos pedidos de desculpas e tantas solicitações para permitir-me falar de minhas preocupações, permita-me ocupar alguns poucos minutos de seu tempo para pedir-lhe pela candidatura de Lindberg ao Governo do Rio de Janeiro. Por favor, Lula - permita-me quebrar as cerimônias do tratamento com o Chefe de Estado e relembrar-lhe os velhos tempos, ainda que mortos e enterrados, em que éramos companheiros de Partido em suas jornadas pela Presidência do país -, deixe que ele se candidate ao Governo.<br /><br />Meus argumentos são simplórios, devo confessar, mas acredito de verdade, que você - opaaaa! - não terá motivos para se arrepender de conceder a ele este desejo - veja que não é a mim e sequer sou porta-voz da vontade dele. Longe de mim.<br /><br />A candidatura do Prefeito não pode ser utilizada como argumento para atrapalhar a aliança com o PMDB, afinal a força eleitoral do PT desmoronou desde a experiência genial e desastrosa do mandato tampão de Benedita da Silva, em 2002. Veja que o PT tem apenas 6 deputados estaduais no RJ o que é muito pouco para impedir que Sérgio Cabral tenha maioria na ALERJ.<br /><br />Como o seu Partido está dividido em torno do apoio ao Cabral e ao Lindberg, como já aconteceu em tempos de intervenção para impor a candidatura do Garotinho, qualquer que seja o candidato do PT, o outro pedaço vai fazer o que lhe der na telha. Você sabe muito mais do que eu que é assim que funciona.<br /><br />Agora, Presidente, para a Cidade de Nova Iguaçu isto faz uma diferença que, daí de Brasília, você não tem condições de dimensionar. É eleição das direções do PT, depois a disputa para decidir a candidatura, depois, quem sabe, a própria candidatura. Isto custa uma dinheirama. As contas da Cidade vão financiar isto, aliás estão financiando. São centenas de cargos comissionados para fortalecer a candidatura no PT, é muito dinheiro para alimentar a estrutura da futura campanha. O Prefeito já fez antecipação de receitas de royalties por anos e anos, já pegou dinheiro do Fundo de aposentadoria. E como você sabe, depois deste verão aqui, ele vai “voar” em outros cantos e nem vai passar perto deste canto onde ele fincou a bandeira desta aventura. Por outro lado, disso você sabe mais ainda (ou não sabe?): ele não é bom pagador.<br /><br />Nesta altura, você deve estar perguntando: “mas ele não é um bom prefeito?”. Você precisa voltar aos seus afazeres. Disso eu falo depois pra você.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-54550411950330301392009-11-09T03:36:00.001-08:002010-01-14T13:43:34.054-08:00Mujica significa Uruguai<span style="font-size:85%;">Leio a Revista de O Globo no domingo, 8 de novembro, e uma leitora mandou este diálogo que ouviu:</span><br /><span style="font-size:85%;">- Como você tem coragem de sair assim, coberta de jóias com essa violência toda?</span><br /><span style="font-size:85%;">- Mas é que andar a pé mesmo eu só ando aqui na esteira, no mais é só carro blindado.</span><br /><br />Meu interesse pelas eleições uruguaias tem duas motivações. Uma é o gosto pela política em geral. A segunda é que o sistema educacional destes nossos vizinhos do Sul faz parte de meus estudos de pós-graduação. As eleições uruguaias, portanto, me interessam mais que as eleições norte-americanas. Por isso, nos últimos meses, acompanho de terras longínquas o esforço da Frente Ampla - uma coalizão política que acabou com a hegemonia secular dos blancos e colorados - para eleger o sucessor de Tabaré Vasquez, o atual presidente.<br /><br />Em 29 de novembro, José Mujica venceu Luis Lacalle, do Partido Nacional, o segundo turno das eleições. A participação deste militante tupamaro nas eleições uruguaias me chamou a atenção por sua simplicidade e sua naturalidade no trato com as coisas da política. Senador da República Oriental como sua companheira, Mujica trabalha em uma pequena chácara nos arredores de Montevidéu, onde cultiva flores. Apesar de ter alcançado uma posição ambicionada por muitos políticos brasileiros, Mujica afirma que, se perder as eleições, vai se dedicar a uma escola rural que abrirá em seu sítio.<br /><br />Foi impossível não associar seu jeito simples ao próprio Uruguai. Me chamou a atenção quando conheci a capital uruguaia e Colônia do Sacramento a simplicidade. Os prédios não ostentam a riqueza da arquitetura como nas principais cidades do Brasil ou em Buenos Aires. Nem mesmo as igrejas têm uma arquitetura rica. Nas ruas largas e arborizadas, de casas e prédios simples, são comuns os carros de modelos fora de linha, como o fusca de Mujica e, poucas vezes são vistos carros mais luxuosos. O maior shopping center de Montevidéu funciona onde antes era o presídio em que o candidato a presidente passou 13 anos preso durante a ditadura militar. Muitos apaixonados por estas catedrais de consumo no Brasil ficariam horrorizados com a simplicidade do lugar.<br /><br />Com pouco mais de 3,3 milhões de habitantes, a simplicidade uruguaia talvez se explique pela própria dimensão do seu mercado consumidor. O país possui cerca de um milhão de alunos em todos os níveis de ensino o que é menos do que os alunos da Cidade do Rio de Janeiro. Seus problemas, portanto, são muito diferentes dos nossos, com população e território gigantescos, mas principalmente, com desigualdades sociais abissais.<br /><br />Mujica me parece ser a expressão de uma parte importante do que vi nas ruas do Uruguai. A simplicidade dele fica parecendo a simplicidade de um país.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-90497032213062052912009-11-09T03:34:00.000-08:002009-11-09T03:44:43.995-08:00A atitude empresarial é a complacência com quem paga mensalidadeO jornal deste domingo, dia 8 de novembro, noticia que uma Universidade de São Paulo publicou anúncio nos jornais informando que expulsou a aluna Geysi Arruda, que trajando um vestido curto, foi hostilizada por algumas centenas de alunos(as) e saiu do campus sob proteção policial.<br /><br />Não conheço os alunos e seus motivos e não faço qualquer questão de conhecê-los. O que eles têm a me ensinar eu aprendo me divertindo nas arquibancadas dos estádios de futebol. Não conheço a universidade e, se precisar trabalhar nela para comprar comida, prefiro mudar de profissão e pedir ajuda aos meus muitos amigos.<br /><br />Mas à alegação da universidade de que expulsou a aluna “em razão do flagrante desrespeito aos princípios éticos, à dignidade acadêmica e à moralidade” me ocorrem três imagens:<br /><br />A primeira é uma interrogação. Se ao contrário de uma moça da periferia e funcionária de supermercado, fosse a filha de um abastado empresário de São Bernardo do Campo, a direção da universidade a teria expulsado da mesma forma?<br /><br />A segunda imagem á a dos gerentes de um supermercado proibindo a entrada em suas dependências de um homossexual ou de um negro ou de um deficiente mental por estarem perturbando a tranquilidade de seus demais clientes indignados com companhia tão “indesejável”. As motivações são as mesmas e a proteção aos negócios em detrimento dos direitos da pessoa humana seriam óbvias.<br />A terceira e última são os alunos da mesma universidade, defensores da moral e dos bons costumes, viajando de metrô para uma aula de campo na Praça da Sé, expulsando das dependências do trem uma garota que, vestida num micro-short destes tão comuns nas ruas do Brasil, por estarem incomodados com a ofensa da presença dela. Se eles podem na universidade que os dá guarida, por que não poderiam em outro lugar sob a proteção e o silêncio da sociedade?<br /><br />Se os policiais que retiraram a aluna da universidade não a indiciaram por atentado ao pudor, quem são os donos dela para condenarem a roupa e os gestos dela?<br /><br />A decisão da universidade teve uma motivação. Pela repercussão dos fatos precisava tomar uma atitude. Se agisse contra os alunos que hostilizaram a aluna perderia algumas dezenas deles que se sentiriam ofendidos como acontece com tantos jovens que ouvem um NÃO de seus pais. Expulsar a aluna era a decisão mais econômica.<br /><br />Serei chamado de intransigente. Prefiro a intransigência. Deixo o cinismo para a universidade.Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5005573415549499095.post-14557415754213041892009-10-04T16:59:00.000-07:002009-10-04T17:02:22.222-07:00Teste<a href="http://memorialformativo.blogspot.com/">memoriais</a>Emiliohttp://www.blogger.com/profile/06433540885518034238noreply@blogger.com0